segunda-feira, 13 de junho de 2011

O Visconde é tema de crônica

A escritora Walnize Carvalho que foi a convidada especial no Café Literário do C.E. Visconde do Rio Branco, acontecido no último dia 27 de maio, contou em crônica publicada no jornal O Diário como foi conhecer nossa escola, desejo de seus tempos de menina.



Aprendizado
                                              Walnize Carvalho
                Não que as lembranças da Escola em que fiz o primário (Externato Regina) tenham sido esquecidas. Jamais. Dela, trago a sua história como parte importante da minha história. A reverencio por onde passo, pois ela faz parte do meu currículo de vida.
Mas, naquela tarde - noite ao adentrar o portão da “Escola Estadual Visconde do Rio Branco” ( onde fui convidada para um Café Literário, como parte das comemorações do Centenário daquele estabelecimento de ensino) uma sensação estranha tomou conta do meu ser.
Encostei-me na árvore frondosa do pátio cimentado olhando em torno, ao mesmo tempo em que balbuciava: - Eis- me afinal aqui! E quase deixei escapar:- Prazer em conhecê-la!...
O vento frio de outono, com ares de inverno, me fez fechar o casaco e parece me ter puxado pela mão, onde um redemoinho imaginário lançou-me no passado:
Manhãzinha. Infância na Rua do Gás.
Enquanto caminhava de mãos dadas com a professora ou mesmo na garupa da bicicleta do meu pai rumo à minha escola, as meninas da vizinhança (eram três irmãs) se dirigiam sozinhas e saltitantes exibindo alegria e liberdade. No retorno, descreviam fatos ligados à escola em que estudavam,  ao grupo escolar (Visconde- era assim que falavam) que me enchiam de curiosidade e - porque não? – de uma pueril pontinha de inveja!...
Contavam que a escola possuía enorme área verde, onde árvores frutíferas eram visitadas por pássaros e que alguns alunos (elas também, com certeza!) na hora do recreio distraíam as professoras e, rapidamente, colhiam dos seus galhos: goiabas, abios, mangas e carambolas...
Experimentava aquele gosto nas lembranças quando, de olhos abertos, me cientifiquei de que o espaço físico agora ocupado pela centenária escola, não era mais o mesmo. Me conscientizei também,que no tempo em que as amigas vizinhas cursaram o primário o educandário era situado próximo à antiga Fábrica de Tecidos...
O chamamento carinhoso de uma das professoras, para que eu  caminhasse até o local da Festividade, fez com que estancasse o pensamento e seguisse.
Uma primorosa receptividade, onde relatos  emocionantes da  história da centenária escola e mais  de mãos dadas à poesia e ao canto deram o tom ideal  de verdadeiro aprendizado.
Confesso que entre um gole e outro de café pareço ter tido a sensação (agradável sensação) de que por ali estivera nas memoráveis histórias contadas pelas amigas de  infância...

Um comentário:

walnize carvalho disse...

Obrigada Ana Paula,

Você sempre gentil em divulgar minhas garatujas literárias.
Bjs,
Walnize